
Por AGRISTORE
Lagartas Resistentes Ameaçam Milho em MT
NOVA MUTUM, MT – Produtores de milho do médio-norte mato-grossense enfrentam um desafio inesperado nesta safra: mesmo após investirem em sementes transgênicas de alta tecnologia, suas lavouras estão sendo atacadas por lagartas que desenvolveram resistência aos mecanismos de proteção geneticamente modificados, revelando uma preocupante evolução adaptativa dos insetos que coloca em risco milhares de hectares cultivados na região.
De fato, a situação, que já atinge 100% das propriedades acompanhadas pelo consultor agronômico Cledson Guimarães Dias Pereira, representa um golpe duplo para os agricultores – financeiro e operacional – em um momento em que, além disso, as condições climáticas também não favorecem a produção.
“É um custo adicional, pois já investimos nessa tecnologia que não está correspondendo às expectativas”, afirmou o produtor Moacir Antônio Guarnieri, que identificou infestações significativas de Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea apenas 30 dias após o plantio.
APLICAÇÕES EXTRAS E IMPACTO ECONÔMICO
Diante dessa realidade, os agricultores estão sendo forçados a aumentar o número de aplicações de defensivos. “Se a tecnologia não for suficiente para conter a infestação, serão necessárias pelo menos mais três aplicações específicas para lagartas”, explica Guarnieri.
Consequentemente, a questão é particularmente crítica na região, onde a produtividade precisa superar 9.000 kg/hectare para garantir a rentabilidade das operações. Além disso, o monitoramento constante e as pulverizações extras elevam os custos de produção em um cenário já desafiador.
Paralelamente, na Fazenda Bom Princípio, em Nova Mutum, outro problema se soma à questão das pragas. “A umidade excessiva está comprometendo a colheita da soja e atrasando o plantio do milho”, relata Bruno Miguel Pancini Nunes. Adicionalmente, ele adverte que “se as precipitações cessarem no final de março, como já ocorreu anteriormente, a produtividade do milho certamente ficará abaixo de 90 sacas por hectare”.
CONTROLE BIOLÓGICO EMERGE COMO ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL
Entretanto, em meio às dificuldades, uma solução promissora ganha espaço entre os produtores da região: o controle biológico. Nesse sentido, os produtos desenvolvidos por empresas como o Grupo Hectar oferecem uma abordagem diferenciada para o manejo das lagartas resistentes.
Diferentemente dos defensivos químicos convencionais, os biodefensivos atuam de forma específica sobre as pragas, preservando organismos benéficos, a qualidade do solo e recursos hídricos. Ademais, os bioinseticidas contêm microrganismos que trabalham continuamente nas lavouras, proporcionando proteção constante às plantas.
Outra vantagem significativa desta tecnologia é, portanto, a menor probabilidade de desenvolvimento de resistência pelas pragas, devido à complexidade dos mecanismos de ação destes organismos.
VIABILIDADE ECONÔMICA COMPROVADA
Por outro lado, estudos de caso com produtores que implementaram o manejo integrado com produtos biológicos mostram resultados econômicos favoráveis. Apesar do investimento inicial, a redução de até 30% na utilização de defensivos químicos e a maior estabilidade na produção, mesmo em condições adversas, compensam o custo.
Além do aspecto financeiro imediato, a adoção de práticas sustentáveis agrega valor comercial aos produtos. Por conseguinte, commodities cultivadas com menor utilização de defensivos químicos têm acesso facilitado a mercados premium, resultando em melhores preços.
O FUTURO É INTEGRADO
Em suma, especialistas concordam que o episódio das lagartas resistentes evidencia uma mudança necessária na agricultura moderna: a integração de diferentes métodos de controle. Assim sendo, a combinação de tecnologias transgênicas, monitoramento sistemático e produtos biológicos representa a estratégia mais eficiente para os desafios contemporâneos.
“A diversificação de ferramentas é essencial para enfrentar problemas complexos”, afirma Pereira. Não por acaso, os produtores mais bem-sucedidos da região já adotaram esta abordagem integrada, garantindo, dessa forma, sustentabilidade ambiental, econômica e social para suas operações.
Finalmente, enquanto as chuvas continuam e as lagartas desafiam a tecnologia transgênica, o futuro da agricultura mato-grossense parece apontar para um caminho de maior equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos processos naturais – uma lição que, em última análise, vem sendo ensinada por pequenos insetos com grande capacidade de adaptação.
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